Os duendes da floresta
Hoje fiz uma façanha! Consegui vencer preguiça e fui sair às montanhas de Buda. Até o próprio F. aceitou esquecer-se do carro. Acho que já não viajava de transportes públicos faz anos. O tempo estava lindíssimo. Deu-me imenso prazer ver os miúdos no funicular com os pais. Só se ouve mal das famílias, de passarem o dia em frente do computador, televisão e depois vai-se a um lugar destes e vem-se pais de todos os feitios: punk, tatuados, certinhos, business dad, etc e todos eles a brincar, cuidar dos pequeninos. Famílias verdadeiras! Tive pouquíssimo medo no funicular, mas tive como de costume, mesmo assim não podia deixar de apreciar a vista sobre a cidade. Após comer, beber, fomos passear até a estação do comboio onde tinha tempo fazer as duas coisas que me tinha prometido antes de sair de casa: fazer um desenho e abrir – escrever as primeiras frases no meu diário, prenda da S. Ela sabe porque quis que fosse ali. No comboio soube tão bem gritar no túnel, de ser criança, dizer olá em todas as estações. A floresta era linda. Árvores de todos os feitios... altos, esbeltos, curtos, gordinhos, tortos, direitos, com muitos ou pouco ramos, a ocupar grandes espaços ou apenas mal se notarem. Lindos. Vocês já repararam que não ha duas árvores iguais? E assim todos diferentes é que se tornam floresta... Acho que não deixei de sorrir ali, uma pessoa não consegue ficar com uma cara séria.
No caminho de volta adormeci no eléctrico. Deve ter sido o ar livre, mas já não tinha força para sair jantar, como tinha prometido antes. Fica para um outro dia.
A noite acabou mal, mas amanha será outro dia, nós todos mais sábios talvez sobre a vida (isso é treta, cometeremos erros novos de certeza).
A imagem é o desenho que fiz na estação. Coitada está mal conseguida, pois queria MUITO que algo de bom fosse sair. Acho que o segredo da pintura valiosa é simplesmente deixar que o pincel, lápis faça cócegas ao papel e que as cores se divirtam. Tenho ainda um longo caminho por percorrer para conseguir isso.
4 Comments:
Como é bom ouvir falar de coisas que conhecemos! Que enorme felicidade ter sentido essa linda floresta, surpreendente, brilhante, cheia de vida. De recantos, de surpresas, de silêncios, de risos de crianças a aparecer por detrás das árvores! Um pouco como nós...
Se, fiz exactamente o mesmo trajecto que tenho feito contigo... para te ter lá um pouco.
Temos artista! E que tal pensares seriamente em registares-te no deviantart?
www.deviantart.com
Beijinhos
P.S. Quando for a Budapeste levas-me a esse sítio também! :-D
Eheheh no meio daquela gente toda que sabe pintar, nem me passou pela cabeca. :)
Levo-te... nem que seja a forca. :)
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