Ruminações
Ontem tive aula com um dos meus alunos favoritos (todos eles são alias). Ele é o clássico com quem tenho que calcular no mínimo uma hora e meia de tempo para ter uma hora de estudos. Gosto falar com ele. Como ele é o baterista mais prestigiado neste momento no nosso país tinha receio ter que lidar com um cara muito convencido que se acha estrela. É bem o contrário, nunca vi um rapaz tão docemente humilde e às vezes com falta de auto-estima. Ele disse-me ontem uma frase que tenho pensado muito: a maldição dos húngaros é durante gerações terem-se convencido de que são um povo pequeno, nem tentamos sonhar grande, porque no fundo acreditamos que não merecemos.
As outras duas ideias em que tenho ruminado são de um homem ligado a esotería:
- O homem não foi expulso do Paraíso, mas recebeu uma cegueira que o impede ver que ainda continua em ela. – Isto até parece rimar com a conversa que tive, onde me foi colocada a pergunta: és feliz? E não soube responder sim, embora não me lembro de nada que possa faltar para a minha felicidade. Donde então esta inquietação, angústia? Até me sinto culpada, quando para além do fim de semana faço algo que não seja útil. Hmmmm.
- A segunda é sobre meditação: temos de aprender meditar para esquecermos como meditar, encontrando uma espécie de directriz central, quando a nossa vida torna-se num diálogo connosco próprio. Desde esse momento já não há nem meditação nem oração, porque a própria vida o será.
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